NEWS - Não seja uma mulher perfeita
9/11/2015
Há quem diga que está faltando homem. Me parece que quanto mais essa
ideia toma forma diante de nossos olhos, mais o desespero feminino se
torna latente. Essa é uma constatação tão provável quanto lamentável:
estamos perdendo o jogo pra nós mesmas.
Ao passo em que a máxima de que toda mulher, pra ser mulher, precisa
de um homem ao lado se solidifica, traz consigo a ideia de que (quase)
todo defeito masculino é aceitável: Ele te trai, mas tá faltando homem;
Ele te subjuga, mas tá faltando homem. Te trata mal, te expõe ao
ridículo e não te faz feliz, mas é melhor – sempre melhor – do que não
ter um homem ao lado. Ele é namorado da sua melhor amiga, da sua irmã,
da sua mãe ou da sua prima, mas se ele der mole é melhor aproveitar: Não
é em qualquer esquina que se encontra um homem (tão valioso que dá em
cima da melhor amiga/filha/irmã/prima da própria companheira).
Passamos a nos trair e nos comportar – digo “nós” enquanto mulher,
mas, sem hipocrisia, nem de longe compactuo com este comportamento e nem
posso generalizar – como se estivéssemos numa guerra permanente em que o
prêmio é ter um homem pra chamar de seu.
O pior de tudo isso – sim, ainda pior do que nos trair e nos submeter
a comportamentos masculinos inaceitáveis – é que algumas mulheres estão
simplesmente deixando de ser quem são: tudo isso em nome de um
relacionamento amoroso, ainda que capenga, inútil e infeliz – porque
antes mal acompanhada do que só.
O mal do século é que me parece que toda mulher gosta de futebol,
toda mulher é tranquila, gente boa e equilibrada. Toda mulher vira a
melhor amiga da sogra e dos amigos dele, e faz carinho no Totó dele e
torce pelo time dele. Toda mulher conhece todas as posições sexuais do
mundo, é fogosa e completamente liberal: puta na cama e santa na rua,
como nove entre dez dos homens sempre sonharam.Toda mulher prefere beber
cerveja com os amigos do namorado do que sair com os próprios (a)
amigos (a) ou ler um livro, ou ver um filme ou não fazer nada, porque
toda mulher tem que ser a mulher perfeita. A mulher que todo homem quer,
porque (lembra?) tá faltando homem. E essas mulheres perfeitas, raras e
maravilhosas continuam sozinhas, exatamente como temiam. E, não, não
vejo mal nenhum nisso. Mas, acredite, elas vêem. E muito.
Essa política da perfeição está se tornando visivelmente monótona ao
passo que não há o que ser conquistado, não há o desejo, não há a
deliciosa luta diária provocada pelas diferenças: não há problemas, e
isso, por mais incrível que pareça, é broxante.
Uma mulher “perfeita” – ou que tenta incansavelmente sê-lo – é
incapaz de fazer o que eu arriscaria dizer que é a única coisa capaz de
conquistar um homem de verdade – já que é isso que tanto desejam:
Desafiá-lo. Torná-lo ansioso pela conquista, fazê-lo construir a
felicidade em vez de encontra-la pronta. As Misses simpatias e
Senhoritas perfeição estão pecando por excesso.
Não seja a mulher perfeita. Seja você, mesmo que você não goste de
futebol e seja ciumenta. Mesmo que você não vá com a cara do amigo mala
dele. Mesmo que discorde com a mãe dele de vez em quando e demore pra se
arrumar.
A perfeição é monótona e relacionar-se com alguém que não oferece
qualquer desafio é deprimente. Desestimulante. Você não precisa – e não
pode – ser perfeita pra merecer alguém ao seu lado: suas qualidades
serão suficientes, desde que você tenha coragem de não mascarar os seus
defeitos. A autenticidade é afrodisíaca. Não seja a mulher perfeita.
Seja feliz!
Via: Entenda os Homens
4 comentários
thanks :)
ResponderExcluirMuito bom e falou muitas verdades esse post!E é isso mesmo que está acontecendo!
ResponderExcluirSucesso no blog!!! :)
♡
Muito bom e falou muitas verdades esse post!E é isso mesmo que está acontecendo!
ResponderExcluirSucesso no blog!!! :)
♡
Obrigada!!
Excluir